ALADI

Associação Lavrense de Apoio ao Diminuído Intelectual

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Imagem da Lília Oliveira na “Inclusoteca”: “São os utentes que me fazem ir todos os dias”

Lília Oliveira na “Inclusoteca”: “São os utentes que me fazem ir todos os dias”

No passado dia 12 de outubro, o Centro de Leitura Especial das Bibliotecas Municipais de Matosinhos promoveu mais uma sessão do seminário “INCLUSOTECA – Bibliotecas +Inclusivas”, uma iniciativa que pretende assinalar a autonomia e independência das pessoas com deficiência, contribuindo assim para a construção de uma sociedade mais inclusiva.

Sob o mote “A deficiência mental e intelectual nos espaços e experiências culturais”, o auditório da Biblioteca Municipal Florbela Espanca, em Matosinhos, recebeu Fátima Almeida, da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental de Matosinhos (APPACDM), José Alexandre, da Associação de Apoio à Juventude Deficiente (AAJUDE), e Lília Oliveira, Diretora Técnica na ALADI.

“Estou na ALADI há 23 anos, já faço parte da mobília”, começou por referir Lília Oliveira no início da sua intervenção, ao confessar que era necessário desenvolver mais iniciativas desta natureza para promover o convívio entre instituições. “Efetivamente tem que acontecer mais encontros que nos permitam partilhar as nossas experiências”, sublinhou.

Formada em Psicologia, Lília Oliveira nunca pensou que o seu futuro passaria pela área da deficiência. Eu sempre quis a área de infância, porque sou apaixonada pelas crianças e pelo desenvolvimento delas”, explicou, ao salientar que ficou “receosa” ao receber o convite para integrar a equipa da ALADI.

“Desde o primeiro dia que lá cheguei, a verdade é que me apaixonei. Ao fim de 23 anos, continuo apaixonada”, destacou, ao acrescentar: “Há dias em que o percurso é muito difícil, às vezes penso no ‘divórcio’ (...) mas depois há qualquer coisa que me faz voltar [à instituição] no dia seguinte. E são eles que me obrigam, quase que esta dependência emocional que eles exercem sobre mim, que me levam para lá todos os dias”.

Lília Oliveira reconhece que há “falta de acesso a atividades culturais ou desportivas”. “Eles têm uma capacidade fantástica de se adaptar (...) E é por eles que nós temos que lutar, é por eles que nós temos que proporcionar estes encontros”, proferiu.

Ainda durante a sua intervenção, a Diretora Técnica frisou algumas das atividades que fazem parte do dia-a-dia dos utentes na instituição e realçou a importância da Colónia de Férias. “Saímos da zona de conforto, daquelas grades que a ALADI tem a proteger, vamos para o mundo. E acabamos por dar oportunidade a eles para participarem em atividades como nós, porque eles afinal são como nós. E somos muito felizes”, rematou.

No final do debate, assistiu-se a uma apresentação de capoeira da APPACDM e uma atuação de dança da ALADI.

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